segunda-feira

No canto do olhar




a vida quer entrar
e tu te recuas reto a alma ao breu
contrais em ato contínuo

lágrima em concreção

carne branca quase nua
esfregas tuas rugas  
tuas pregas
à exaustão

condenação a resto

face sem direito a rosto
um rio de águas repetidas no olhar


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